Os bicampeões Uruguai e Itália não conseguiram se classificar nas eliminatórias, e 16 países, inclusive a Argentina, disputaram o mundial. O mundo passaria a respeitar o futebol brasileiro na copa de 1958, que neste ano foi realizada na Suécia, depois da frustração de 1950 no Maracanã e da derrota para a Hungria em 1954. Foi na Suécia que Pelé despontou, com apenas 17 anos ele e Mané Garrincha, acompanhados de Djalma Santos, Didi, Nilton Santos e Zagallo, sob o comando do técnico Vicente Feola. E no banco de reservas? Zito, Vavá e Pepe.
Na estréia, o Brasil derrotou a Áustria com Pelé, Garrincha e Zito, no banco. Na segunda partida, o Brasil empatou em 0 x 0 com a Inglaterra, após esse resultado o coordenador de seleções, Paulo Machado de Carvalho, pressionou Feola a mudar a equipe. Feola cedeu e tirou Orlando, Dida e Mazola colocando em seus lugares Zito, Garrincha e Pelé.
Finalmente o futebol brasileiro desencantou e nas quartas enfrentaria o País de Gales. Pelé decidiu o jogo num lance mágico, ao dar um chapéu no zagueiro galês, que até hoje não achou a bola, e fuzilou o pobre goleiro Kelsey. Foi seu primeiro gol em uma copa e que gol.
Na semifinal, o Brasil enfrentou a França do artilheiro Just Fontaine e, antes de completar dois minutos, Vavá abriu o placar. Just empatou em seguida. Na ponta direita, Garrincha deu um show de bola, fazendo cruzamentos para Vavá e Pelé dentro da área. O Brasil venceu por 5 a 1 – Peé desequilibrou, marcando três gols.
Na outra semifinal, os suecos, donos da casa, venceram a Alemanha, campeã do mundo, e garantiram a vaga na final. O jogo foi no estádio Solna Raasunda, em Estocolmo. No início, Liedholm aproveitou uma falha da defesa brasileira e fez Suécia 1 a 0; depois, Vavá fez dois gols e, no segundo tempo, Pelé e Zagalo ampliaram a vantagem brasileira. Placar final: Brasil 5 x Suécia 2. Pelé fez ali um dos gols mais lindos da história, dando um chapéu espetacular no zagueiro sueco. O árbitro da partida, Mervyn Griffith, relatou: “Fiquei encantado com o que vi. Nunca vou me esquecer de Didi, Garrincha e Pelé. Eles não eram humanos”.
O Brasil era campeão do mundo pela primeira vez. O capitão, Belini, levantou a Taça Jules Rimet com as mãos, consagrando o gesto que seria copiado por todos os ganhadores do mundial a partir daí.
O artilheiro da copa foi o francês Just Fontaine, com 13 gols. Mas foi Pelé quem encantou os torcedores e foi para as manchetes dos jornais. Começava o reinado de Edson Arantes do Nascimento.
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